quinta-feira, 31 de março de 2011

Umas verdades, umas lágrimas, uns sorrisos.



Eu só queria dormir.
Meus olhos não se fechavam.
Eu estava deitada na minha cama, no frio agradavél do meu quarto.
Mas algo faltava. Não no meu quarto. Em mim.
Minhas lembranças não me deixavam dormir.
No silêncio do meu quarto, falei:
"Você é uma idiota. Uma fraca. Para de pensar nele, para."
Não sabia por que eu estava fazendo isso. Me xingando, tentando me controlar.
"Mas você é tão fraca, que se importa. E não adianta fingir. Sabe que se importa."
Eu estava dizendo umas verdades. Para mim mesma.
Continuei desabafando para o silêncio:
"Você não consegue parar de lembrar quando ele te dizia que ia ser para sempre."
"Burra. Acorda. Não existe esse "para sempre", nunca existiu. Tudo foi uma mentira."
Eu não conseguia parar de falar.
"E aqueles "eu te amo" não existem mais. Tudo acabou."
Eu queria rir de mim mesma por ser tão idiota. Mas eu queria chorar, por saber que eu estava certa.
"Toda essa falta que você sente dele é em vão. E todas essas malditas esperanças são...mais uma...ilusão." Falei sussurando, as minhas palavras doeram.
As lágrimas de ódio começaram a descer.
"É sua idiota. Essas lágrimas, são em vão. Pare de chorar. Fraca." Gritei.
Aquele silêncio estava me corroendo.
Minha voz vinha como uma bomba.
"Mas você é ainda mais fraca, por continuar amando-o. Mesmo sabendo de tudo isso, você o ama. Você não resiste ao sorriso dele. Você não sabe desistir dele. Porque você o ama." Falei rindo, com as lágrimas caindo pelo meu rosto.
Eu era uma fraca.
Mas uma fraca, que ri e debocha da própria fraqueza.

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