quarta-feira, 13 de abril de 2011

Nada de folgas para sorrisos


Ela estava vindo mais uma vez pegar livros para sua madrugada. Dessa vez triste, seu melhor conselheiro de leitura havia tirado folga.
 
Ele estava lá, esperando ela entrar.
Ele sempre estaria lá, para vê-ela sorrir sempre que despedia-se dele. Ele não ira tirar folga, nunca perderia um sorriso sequer.
 
Ele a viu. Seus olhos brilharam — como sempre brilhavam quando ele a via chegar. 

Ela se assustara quando vira o garoto — havia sentido aquele friozinho na barriga que sempre sentia quando o via.

 — Você não ia tirar folga hoje? — Disse ela. Tentando evitar demonstrar felicidade por vê-lo.
 
— Não posso. — Disse ele. Passou a mão nos cabelos dourados dela.
 
Ela corou.
 
Amava quando ele a tocava.
 
— Mas por que...? — Perguntou ela confusa.
 
Se olharam.
 
— Perderia você sorrir.
 
Ela sorriu.
 
Ele guardou o sorriso.
 
Ele sempre os guardava. Sabia que nunca veria sorrisos como os dela.
 
Como os da sua garota sorriso.

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